CBN Madrugada

Em uma nova estimativa, a consultoria Safras & Mercado calcula que a próxima safra de café do Brasil vai diminuir 5%. Segundo Cassiano Ribeiro, a redução está associada a uma seca severa que atingiu a região Sudeste do país em 2024.

Investidores estão tirando recursos do Brasil, e elevando a cotação do dólar, porque avaliam que o pacote de redução de gastos é insuficiente para resolver o problema fiscal do país, afirma o economista Rodrigo De Losso. O professor da USP acrescenta que até deputados da base do governo votaram contra os cortes.

A paz pela dissuasão nuclear nunca esteve tão ameaçada como agora, avalia o professor de Relações Internacionais da Facamp Pedro Costa Júnior. Segundo o pesquisador da USP, a aliança sem limites entre China e Rússia e o agravamento das tensões com os Estados Unidos criam um ambiente de imprevisibilidade que não existia durante a Guerra Fria.

A alta do dólar é resultado da desconfiança em relação à capacidade do governo de manter as metas fiscais, afirma Gilberto Braga. Para o economista, Lula faz parte do problema, pois suas declarações servem de combustível para o mercado especular.

A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Butantan tem como grande vantagem o fato de ser aplicada em dose única, afirma a infectologista Rosana Richtmann. Segundo a diretora do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia, a dengue é o tipo de doença que não deveria matar ninguém. Em 2024, cerca de 6 mil pessoas morreram infectadas no Brasil.

A forma como o Congresso se apoderou do orçamento, sem depender da designação do governo federal, é um mecanismo sem volta, avalia Fábio Pereira de Andrade. Segundo o cientista político da ESPM, qualquer tentativa do STF ou do Planalto de disciplinar ou limitar esse comportamento tem sofrido grande resistência.

As primeiras reuniões do Comitê de Política Monetária, no ano que vem, devem mostrar se o Banco Central manterá sua independência ou se haverá inclinação política, já que praticamente toda a composição da diretoria terá sido indicada por Lula, afirma Gilberto Braga. Para o economista, se o mercado estiver razoavelmente correto, a taxa Selic deve continuar em trajetória de alta para conter a inflação.

A utilização de câmeras com gravação ininterrupta é essencial para reverter o estágio de violência na PM de São Paulo, afirma o diretor de Litigância da Conectas Direitos Humanos, Gabriel Sampaio. Membro do Conselho Consultivo da Ouvidoria das Polícias, o advogado lembra que os equipamentos, além de proteger os próprios agentes, permitem a avaliação da atuação policial e a produção de provas em caso de crime.

A efetivação do acordo Mercosul-União Europeia poderia elevar o PIB brasileiro, a cada ano, em até 0,8 ponto percentual, afirma Igor Lucena. O economista e PhD em Relações Internacionais disse, no entanto, que a redução gradativa das alíquotas favorece o nosso agronegócio, mas obriga a nossa indústria a se atualizar.

A sociedade civil precisa intervir nas práticas de educação da Polícia Militar de São Paulo para que não haja uso desproporcional da força, avalia o sociólogo Paulo Niccoli Ramirez. Segundo o professor da ESPM, criada durante o regime militar, a PM paulista tem no seu código genético o uso excessivo de violência.

A alta do PIB acima das expectativas soma-se a outros dados positivos, como o recorde na arrecadação e o baixo índice de desemprego, mas ainda não há motivos para festa, adverte Gilberto Braga. Segundo o economista, ainda há muitas dúvidas sobre a capacidade do pacote de corte de gastos equilibrar a balança do governo.

As operadoras de saúde não podem cancelar planos por falta de pagamento sem antes notificar o cliente que está inadimplente, afirma o especialista em direito do consumidor Eduardo Tomasevicius Filho. Segundo o professor da USP, a notificação pode ser feita por e-mail, SMS, Whatsapp ou ligação telefônica gravada. Desde 1º de dezembro, o cancelamento só pode ser efetuado se houver duas mensalidades atrasadas.

A proposta do governo de zerar o imposto de quem ganha até R$ 5 mil é excelente para melhorar o bem-estar da população, afirma a economista Tatiane Almeida de Menezes. A professora da UFPE diz, no entanto, que o país precisa de uma política de equilíbrio fiscal de longo prazo.

O corte de gastos de R$ 70 bilhões anunciado pelo ministro Fernando Haddad é uma sinalização positiva, mas, apesar do valor razoável, é importante que o governo realize outros esforços para buscar o equilíbrio fiscal, avalia o economista Gustavo Casais. Para o professor da UFBA, governos futuros terão, obrigatoriamente, que focar em uma nova reforma da Previdência.

A declaração do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, em relação à carne brasileira foi um “tiro no pé” para a empresa, avalia Gilberto Braga. Segundo o economista, o agronegócio francês é reconhecidamente ineficiente se comparado ao brasileiro.

Como há interesse pessoal na causa é de se esperar que o ministro Alexandre de Moraes se declare impedido de julgar o processo da tentativa de golpe de Estado, avalia a advogada criminalista Tatiana Stoco. Para a professora de Direito Penal do Insper, o correto é que haja um rearranjo quando o inquérito virar uma ação penal.

O aumento das penas por crimes ambientais, em discussão no Congresso, é positivo, mas vira “letra morta” se não houver fiscalização, alerta o ambientalista Fabio Ishisaki. Segundo o professor de direito ambiental da PUC, é necessário o fortalecimento dos órgãos de controle e uma ação conjunta de Ministérios, Exército, Defesa Civil e polícias. De acordo com o MapBiomas, este ano o fogo destruiu 10 vezes mais a Amazônia do que o desmatamento.

O verbo “tentar”, presente no artigo 359-M do Código Penal, deixa claro que os militares presos na Operação Contragolpe cometeram crime, afirma Maurício Dieter. Segundo o professor de Direito Penal da USP, se fosse crime apenas a abolição do Estado de Direito, seria tarde demais, pois, quando estivesse abolido, não se aplicaria a norma penal.

A proposta aprovada no G-20 de taxar os super-ricos é boa, mas vai enfrentar grandes desafios, avalia Gilberto Braga. Segundo o economista, existem várias maneiras de esconder o patrimônio como, por exemplo, destinar a paraísos fiscais.

A presidência do Brics, a partir de 2025, impõe um grande desafio ao Brasil para manter a equidistância necessária entre China e Estados Unidos, avalia a cientista política Denilde Holzhacker, especialista em relações internacionais. Segundo a professora da ESPM, a missão torna-se ainda mais difícil diante de uma perspectiva de maior confrontação entre Washington e Pequim.