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RFI

Neste programa passamos em revista os destaques dos semanários editados em França.

Location:

Paris, France

Genres:

Podcasts

Networks:

RFI

Description:

Neste programa passamos em revista os destaques dos semanários editados em França.

Language:

Portuguese


Episodes
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Relação França-África complica-se com morte de Déby

5/1/2021
O destaque desta revista de imprensa semanal vai para a relação entre o Executivo francês, encabeçado pelo Presidente Emmanuel Macron, e os países africanos do Sahel, isto após a morte de Idriss Déby, Presidente do Chade. «Sahel: Sem Déby, a França perante o risco de queda da muralha chadiana», é o título escolhido pelo semanário «L’Express» para abordar o que consideram como um sismo geopolítico. A publicação lembra que Idriss Déby, durante 30 anos, tinha uma relação especial com Paris e ele próprio tinha anunciado: «Depois de mim, será o caos», é o que sugeriu o agora antigo Presidente do Chade. A França ficou agora sem o seu aliado africano preferido, a peça chave do esquema visando lutar contra o terrorismo. O «L’Express» afirma aliás que a chegada ao poder de Idriss Déby teve a ajuda de Paris. E a troca de serviços continuou ao longo dos anos. Em Fevereiro de 2019 o Executivo francês enviou os seus aviões de combate para bombardear os rebeldes no Norte do país, salvando o «Soldado Déby». A publicação recorda também que a operação «Barkhane» está implementada no Chade desde 2014 e conta com cinco mil e 100 homens. A França não quer perder a sua influência na Região e o Governo mal se inteirou da tomada de posse do filho de Idriss Déby, Mahamat Idriss Déby, não fez qualquer comentário apesar dessa tomada de posse ser contrária à Constituição. O que prevalece para Paris é a estabilidade do país, esperando que este peso pesado não caia numa guerra civil. Na mesma tónica está o «Courrier International» com o título: «Após a morte de Idriss Déby, o caos?». A publicação lembra que o agora antigo Presidente chadiano deixou um país pobre e com a capital ameaçada pelos rebeldes. Após a morte de Idriss Déby, as forças armadas anunciaram que haveria um Governo de transição que se deveria manter no poder durante 18 meses sob a liderança do filho do antigo Presidente, uma decisão contrária à Constituição visto que ela prevê eleições 24 dias após o falecimento do líder do país, que seria dirigido interinamente pelo Presidente da Assembleia Nacional, o que não aconteceu. O «Courrier International», na sua análise do país, recorda que o Chade ocupa actualmente o lugar número 187 em 189 países no índice mundial do desenvolvimento humano. A publicação termina o seu artigo com dois factos: Emmanuel Macron estava no centro das atenções durante o funeral de Idriss Déby e a FrançÁfrica perdeu um soldado numa região em que o terrorismo está presente. A nossa revista de imprensa semanal continua com outros assuntos abordados nas demais publicações francesas. «Capacetes Azuis para salvar a Total em Moçambique?», eis a pergunta que se coloca a revista «Jeune Afrique». A empresa petrolífera francesa, Total, pediu uma intervenção urgente para lutar contra a insurreição islamita para que o mega-projecto de gás em Cabo Delgado possa continuar a ser construído. Para o analista do ‘Economist Intelligence Unit’, Nathan Hayes, a Total espera que a situação melhore com o apoio das forças governamentais moçambicanas, elas próprias apoiadas por forças internacionais ou até de organizações militares privadas. Segundo vários analistas, a comunidade internacional está perante duas soluções: abandonar Cabo Delgado ou admitir que o Governo moçambicano é demasiado fraco para lutar sozinho contra a insurreição. Quanto à Total, para Nathan Hayes, a empresa francesa vai retomar as operações apenas em 2023, se a situação estiver mais estável, para começar a exploração do gás em 2026 ou 2027. «O genocídio e as omissões francesas», eis o título do artigo «L’Obs». Para a publicação, o relatório oficial, realizado por historiadores, aponta responsabilidades pesadas à França no genocídio ruandês de 1994. Esse documento acaba por pôr fim à negação francesa sobre o assunto, mas também permite ilibar as autoridades francesas de qualquer cumplicidade. No entanto, ainda subsistem zonas de sombra. A publicação recorda uma entrevista realizada por um jornalista...

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Joe Biden inicia gestão para preparar mundo de pós-ultraliberalismo

4/23/2021
Entre os focos de actualidade nos semanários, " a gestão de Joe Biden inspirada pelo New Deal de Roosevelt , a morte do chadiano Idriss Déby e as suas repercussões no Sahel, o Uganda de Yowere Museveni e a repressão, a corrida à conquista do espaço pelo sector privado,as chaves da imunidade colectiva frente a pandemia,e Brasil o Fukushima da pandemia”.

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Movimento radical racialista americano, um novo totalitarismo

4/16/2021
Abrimos esta Imprensa semanal, com LE POINT, que pergunta em capa até onde irão os racialistas para analisar o "wokismo"?, esse movimento radical racialista americano, um novo totalitarismo que nos vem da América invadindo Universidades, movimentos e associações ou centros de cultura em França. Estar "woke", acordado, atento, utilizado pelos afro-americanos é como estar consciente das desigualdades como cantava em 2008 a artista de hip hop, Erykah Badu, retomada em 2014, quando da morte do negro americano, Michael Brown, assassinado por um polícia branco ou ainda pelos "Black Lives Matter", vidas dos negros contam. Um movimento radical que luta contra as discriminações defendendo uma visão da sociedade assente na raça, na ideologia do género e preferências sexuais, proíbindo qualquer tipo de universalismo e debate nos Estados Unidos. O ensaísta canadiano de Québec, Mathieu Bock-Côté, escreve que o racialismo é um totalitarismo, enquanto o filósofo e escritor francês, Pascal Bruckner, convida numa carta aberta os americanos a refugiar-se em França, nota, LE POINT. Nas páginas do COURRIER INTERNATIONAL, Cuba, um regime que só fabricou ruínas. Começou ontem o 8° Congresso do Partido comunista cubano em plena crise económica feita de penúrias e de inflação. Contudo, segundo um escritor e jornalista dissidente residente em Havana desde que os comunistas chegaram ao poder em 1959 nunca houve dias melhores. As graves crises económicas criaram fantasmas de um passado de prosperidade que nunca existiu. Cuba comunista sá criou ruínas e misérias desde 1959 "A obstinação do Partido comunista é tão proverbial como criminosa mas nós os cubanos temos também culpa nesta situação e continuamos a deitar as culpas só para a clique na liderança sem dizer que gostamos de alimentar o mito de que no tempo em que os soviéticos nos ajudavam havia tudo no mercado, ordenados, a moeda tinha valor, mas, fomos condicionados por ameaças e medos que nos fazem repetir estas fantasias", afirma o escritor, citado por COURRIER INTERNATIONAL. Por seu lado, CHALLENGE's, faz a sua capa com soberania e dependência, para analisar questões relacionadas com a saúde, dados, softwares, energia ou alimentação. Com a crise sanitária o patriotismo económico está de regresso. Thierry Breton, comissário europeu para o mercado interno, explica como é que a Europa se mobiliza. "A Europa deve ser dona do seu destino. A campanha de vacinação aumenta em flecha. E estou convicto de que a imunidade colectiva será atingida até julho com uma taxa de vacinação de 70%," nota, o francês, Thierry, Breton, comissário europeu para o mercado interno, nas páginas do CHALLENGE's. Por seu lado, o semanário, L'OBS, faz a sua capa com Naomi Klein, intelectual de combate. 20 anos depois do seu livro sucesso Sem Logo, a célebre jornalista canadiana, Naomi Klein, autora também de A Doutrina do Choque, continua a ser um dos raros ícones mundiais da esquerda radical. Em entrevista ao semanário, L'OBS, Naomi Klein, afirma que todas as crises estão interligadas e que é o activismo dos jovens que permitirá lutar tanto contra as mudanças climáticas como contra as injustiças sociais. Os jovens podem forçar os pais a serem mais exigentes e claros, afirma a activista ao L'OBS, que publicita o seu último livro "Vencer a injustiça climática e social, páginas de combate às jovens gerações", sublinha L'OBS. Enfim, em relação à África, COURRIER INTERNATIONAL dá relevo à Argélia, o Ramadão começa e os preços aumentam. O Ramadão começou no dia 13 de abril na Algéria como na maioria dos países muçulmanos. Como todos os anos o jejum faz aumentar os preços dos produtos, mas este ano o fenómeno é mais duro para o agregado familiar médio argelino porque a economia ficou afectada pela crise da Covid, nota, COURRIER INTERNATIONAL.

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Expansão de al-Shabab pode representar uma ameaça para África

4/9/2021
Entre os focos de actualidade nas edições dos semanários estão, "os Al Shabab em África associados ao Daech, o fracasso da União Europeia na corrida às vacinas anti-Covid, as movimentações dos partidários de Emmanuel Macron com vista à eleição presidencial francesa de 2022, e interrogações sobre como evitar o declínio da França.

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A "missão impossível de JLo", a história recente do Ruanda e Suez

4/2/2021
Abrimos esta revista de imprensa semanal com Angola cujo panorama politico e económico é mencionado no Jeune Afrique. "A missão impossível de JLo", é deste modo que esta publicação se refere ao presidente angolano que segundo o Jeune Afrique "se encontra em plena maratona -dívida, privatizações, covid-19- sendo alvo de críticas, inclusive no seu próprio campo". Efectivamente, o Jeune Afrique constata que "apesar das promessas e do discurso de mudança, os fundamentos da economia permanecem os mesmos", o semanário referindo que "a presidência de João Lourenço encoraja o incremento da iniciativa privada", mas que "o Estado permanece o principal actor da economia". Também em foco está o Ruanda, numa altura em que faz precisamente 27 anos que foi desencadeado o seu genocídio em 1994. Um relatório divulgado nos últimos dias sobre o desempenho da França durante esse período está a suscitar muitos comentários, nomeadamente no Courrier International. Ao citar um artigo do jornal Aujourd’hui au Faso, o Courrier constata que este documento "recorda-nos que vinte e sete anos depois do genocídio do Ruanda, nada está resolvido entre os dois países cujas relações são instáveis", esta publicação considerando que "o contencioso em torno da memória deveria ser resolvido por um armistício que passa pela reconciliação entre a França e o Ruanda. Isso vai exigir o perdão que liberta, que não é o reconhecimento de uma fragilidade mas que engrandece, especialmente se, ao longo das investigações e dos processos, for estabelecida a responsabilidade da França." No semanário católico La Vie, explica-se que "a visão francesa do país das mil colinas resumia-se naquela época a um apoio incondicional ao regime hutu, único campo legítimo do ponto de vista de Paris, por representar a maioria dos ruandeses". Na óptica desta publicação, "não està garantido que a França tenha acabado com esta visão simplificada da geoestratégia, sobretudo no que toca aos conflitos africanos". Noutro aspecto, o bloqueio ainda há dias de um cargueiro no meio do Canal de Suez, no Egipto, também merece algum destaque. Ao constatar que "isto paralisou parte do tráfego marítimo mundial", o Courrier International considera que este "incidente mostra quão vulnerável é o comércio marítimo". Na optica desta publicação que cita o The Economist, "pode demorar dias ou até semanas, antes de o canal de Suez, por onde transitam quase 19.000 navios por ano, retomar um funcionamento normal. As rotas marítimas comerciais podem novamente ficar bloqueadas no futuro, e pode ser necessário algo mais do que escavadoras para resolver o problema. Os governos e as empresas devem preparar-se a enfrentar mais dificuldades." Entretanto, no l'Express, é mencionada a situação da África do Sul e mais concretamente o antigo Presidente Jacob Zuma, que segundo este semanário "incomoda o poder (...) Processado por corrupção, o ex-presidente coloca à prova o seu sucessor, Cyril Ramaphosa, num país em crise." Ao referir que o antigo presidente sul-africano tem denunciado uma caça às bruxas e tem procurado por todos os meios fugir a um julgamento, l'Express considera que "é outra batalha que está a ser travada nos bastidores: a do controlo do ANC e, por conseguinte, do país, já que o movimento de Nelson Mandela foi reeleito continuamente desde as primeiras eleições democráticas em 1994. Ex-sindicalista que se tornou milionário, Cyril Ramaphosa fez da luta contra a corrupção o seu cavalo de batalha. Em Agosto, ele fez votar a obrigação de os membros de seu partido se demitirem no caso de serem acusados de corrupção", sublinha l'Express com o qual fechamos esta revista de imprensa semanal.

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Níger deve repensar desenvolvimento e estratégia de luta anti-terrorista

3/26/2021
Entre os focos de actualidade ,nas edições dos semanários, "o Níger perante o terrorismo, a diplomacia de Joe Biden num mundo que mudou, as mulheres e a pandemia de Covid, a guerra das vacinas anti-Covid, a fé pressionada pela crise e as ambições presidenciais do antigo ministro francês Xavier Bertrand.

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Antigo embaixador de Singapura afirma que a China pode ganhar a nova guerra fria

3/19/2021
Abrimos esta Imprensa semanal com LE POINT que faz a sua capa com a foto de Xi Jinping e o dia em que a China comandará. Num livro que destabiliza, o grande pensador de Singapura, Kishore Mahbubani, analisa como Pequim pode muito bem ganhar a nova guerra fria. No seu livro, "O dia em que a China vai ganhar, o fim da supremacia americana," Mahbubani, antigo embaixador de Singapura na ONU, considera vãs e perigosas as tentativas americanas de travar a emergência da China como novo número um mundial. Sublinha também que a Europa tem um papel importante a desempenhar para impedir que a rivalidade dos dois gigantes se transforme num confronto devastador. Numa entrevista ao LE POINT, Kishore Mahbubani, afirma que é demasiado cedo para dizer quem dos Estados Unidos e da China ganhará, mas não é muito cedo para afirmar que a China pode ganhar. Para os americanos, habituados sempre a ganhar, a ideia que podem vir a perder é inconcebível. Mas é evidente que um país como os Estados Unidos que apenas tem 250 anos de existência pode inegavelmente ser vencido por uma civilização de 4 000 anos, afirma, o antigo embaixador de Singapura na ONU. Mas, o mesmo teórico de Singapura, que nos anos 70 já era diplomata e advertia para o facto de não ser possível uma vitória da União soviética, mostra-se outra vez prudente e considera que os Estados Unidos podem voltar a ganhar, pelo que o seu livro tem um capítulo alertando Xi Jinping, para nunca subestimar os Estados Unidos. Mensagem explícita igualmente no seu livro, em que o intelectual de Singapura, Kishore Mahbubani, cita um dos maiores teóricos chineses do pensamento estratégico, Sun Tsi, aconselhando: "quem conhece o outro e se conhece a si mesmo em 100 combates nunca será vencido; quem não conhece o outro mas conhece a si próprio ganhará metade das batalhas e quem não se conhece a si mesmo e não conhece o outro, será sempre derrotado", acrescenta, LE POINT. Vacinas e máscaras, o naufrágio democrático em França Por seu lado, L'EXPRESS, faz a sua capa com testes, vacinas e máscaras, o naufrágio democrático. No ministério da Saúde, Kafka está em todos os andares. A gestão da Covid pôs a nu a loucura burocrática francesa e o ministério da Saúde está na primeira linha. Como explicar esta incapacidade crónica do Estado em reagir rapidamente na gestão da Covid? Quer sejam máscaras, testes ou vacinas, cada etapa da resposta à epidemia virou um naufrágio para a burocracia francesa. Cerca de 30 responsáveis de primeiro plano entrevistados pelo semanário L'EXPRESS, reconheceram que o funcionamento da admistração pública falhou face à pandemia. 12 meses de Covid, os vencedores de um ano de folia, destaca, CHALLENGE's. A 17 de março de 2020, com o primeiro confinamento, a França tomava consciência da gravidade da pandemia. Depois, o mundo foi abalado e os números e indicadores económicos foram desconectados da realidade. "Estamos em guerra", dizia na televisão o Presidente Macron. Foi o começo de um ano louco, em que milhares de milhões de dólares foram injectados em planos de recuperação económica. Esta crise lançou para a pobreza, 90 milhões de indivíduos, enquanto os mais ricos ficavam cada vez mais ricos. Jeff Bezos, viu um aumento de 65% da sua fortuna que num ano disparou para 191 mil milhões de dólares. Elon Musk, fundador de Tesla, tornou-se o homem mais rico do planeta com uma fortuna de 195 mil milhões dólares. Em França, o governo procura uma medida milagrosa para incitar os franceses a gastar os 110 mil milhões de euros que economizaram durante este ano da Covid. Uma das pistas do executivo francês é encaminhar esse dinheiro para empresas sem fundo próprio, através de fundos de investimentos catalogados relançamento pelo governo. Os economistas pelo contrário não vêem soluções passíveis de criar milagres para mobilizar rapidamente a poupança dos franceses. Ou melhor, vêem um milagre, que é vacinar o mais rápido possível os franceses e restaurar a confiança no futuro, acrescenta,...

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Um ano de pandemia e muitas esperanças num futuro pós-covid melhor

3/12/2021
Entre os destaques nas edições dos semanários estão, a crise sanitária provocada pela Covid e as lições a serem tiradas um ano depois, as campanhas vacinais em França e na Europa, as repercussões políticas da actual crise,a diplomacia vacinal, as reflexões sobre o mundo do pós-Covid e a crise social no Senegal que propulsa ao primeiro plano o opositor Ousmane Sonko.

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Militantismo radical descolonial americano inspirado por filósofos franceses

3/5/2021
Abrimos esta Imprensa semanal com L'EXPRESS, que faz a sua capa com os descoloniais, os obcecados da raça, os novos sectários. Vindos dos Estados Unidos, são disciplinas focadas nas identidades que estão a provocar agitações nas Universidades francesas e alimentam um novo militantismo radical. Estas teorias destabilizam o universalismo republicano. Há alguns meses, universitários fundaram o Observatório do descolonialismo e das ideologias identitárias para, segundo o linguista, Jean Szlamowicz, conter a propagação de um discurso segundo o qual o indivíduo reduz-se apenas à sua pertença de raça ou de género. Mesmo o chefe de Estado ficou ressentido. Emmanuel Macron advertiu contra certas teorias das ciências sociais totalmente importadas dos Estados Unidos da América, mas reconheceu ao mesmo tempo que há um privilégio branco, um dos dogmas desse movimento radical. Neste contexto, New York Times, apresentou a França como uma nação de irredutíveis gauleses agitando o espantalho americano para não de se confrontar com o racismo sistémico que discrimina uma população que passou a ser multiétnica. Mas para a escritora britânica, Helen Pluckrose, co-autora da obra Teorias cínicas, isto tudo é rídiculo, porque essas teorias tiveram origem em França, com os filósofos franceses, Michel Foucault, Jean-François Lyotard e Jacques Derrida, que as introduziram nas Universidades americanas, nota, L'EXPRESS. China tem um projecto de destruição cultural do povo uigur Por seu lado, L'OBS, destaca em capa, uigures, o genocídio escondido. Desde 2017 o Estado chinês adoptou métodos de terror para assimilar à força as etnias minoritárias de Xinjiang. Um relatório oficial de 2018, reconhece a existência de um projecto de destruição cultural. Em maio de 2018, três investigadores chineses deslocaram-se a Hotan, no sul de Xianjiang, com a missão de recolher informações sobre a redução da pobreza e transferência de mão de obra, e publicaram um relatório em dezembro do mesmo ano, recomendando medidas drástricas e urgentes ao governo chinês. A transferência de povos para outras regiões é um método muito eficaz para reformar e assimilar os jovens uigures, ou mesmo para reeducar os espíritos de delinquentes uigures, escreve o relatório, citado, pelo semanário, L'OBS. Os males por que passam os professores, destaca, LE POINT. Islamismo, respeito, disciplina, mérito, um antigo director duma Escola prepatória secundária, analisa os males da sociedade francesa transformada por novos fenómenos religiosos e o proselitismo, mas também a violência, combates ideológicos, discriminações, questões que o Estado não soube ou não pôde reagir e encontrar soluções, nota, LE POINT. Enfim, JEUNE AFRIQUE online, dá relevo a uma entrevista com Eddie Komboïgo, Presidente do Congresso para a democracia que se tornou esta sexta-feira o chefe de fila da oposição política de Burkina Faso, falando do renascimento do partido e o seu posicionamento no processo de reconciliação ou ainda o regresso de Blaise Compaoré ao país, depois de um exílio desde 2014 na Costa do Marfim.

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França e Itália em posições opostas perante situação na Líbia

2/26/2021
Nas edições dos semanários, estão entre os focos, a situação na Líbia, os problemas humanitários causados pela guerra no Tigré, estado da República federal da Etiópia, as "100 perguntas" para compreender África de acordo com o africanista, jornalista, escritor e professor universiversitário Stephen Smith e a Europa perante o recuo da sua influência no mundo.

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Duas africanas entre mulheres no comando de organizações internacionais

2/19/2021
Abrimos estas Imprensa semanal, com CHALLENGE's, que destaca, mulheres que partem ao assalto de organizações internacionais. Entre elas, duas africanas negras, Ngozi Okonjo-Iweala, secretária geral da OMC, Organização mundial do comércio. A nigeriana, Ngozi Okonjo-Iweala, foi designada para o posto na OMC no dia 15 deste mês, depois de luz verde Washington, que bloqueava a promoção até recentemente por Trump. Ngozi,Okonjo-Iweala, é economista, diplomada de Haravard, antiga ministra das finanças e dos Negócios estrangeiros da Nigéria e ex-alta funcionária do Banco Mundial, onde trabalhou 25 anos anos. Ela declarou já estar em acção e que quer galvanizar o multilaterialismo na OMC. A outra africana é Luoise Mushikiwabo, secretária geral da Francofonia, desde 2019. Ela é do Ruanda. O mesmo CHALLENGE'S, refere-se ainda a Argélia, que deu cabo da sua indústria automóvel. Na ausência de peças sobressalentes produzidas no país, os carros que saem das linhas de montagem custam mais caros que os carros importados. Assim, depois de ter proíbido a importação de viaturas, o governo argelino disponibilizou 2 mil milhões de dólares para a compra de carros no estrangeiro. O semanário CHALLENGE's retoma ainda um artigo do The Economist, que afirma que em África, urgência sanitária e económica à espreita. O continente parece ter bem resistido à pandemia, mas a sua evolução é mal medida e os países ricos deveriam ter interesse em serem solidários fornecendo vacinas e perdoando parte da dívida dos países africanos, nota, CHALLENGE's. Macron no divã de Psicanalistas franceses Por seu lado, LE POINT, faz a sua capa, com Macron e como mudou neste ano de crise da Covid. 3 grandes psicanalistas fazem o perfil psicológico do Presidente francês. Para Michel Schneider, o Presidente fala por tudo e por nada e sobre tudo. Para um Presidente, Macron devia ler Da Arte de se calar. O que lhe terão feito os seus pais, em criança, para ter de demonstrar permanentemente que é inteligente? Inteligência é um defeito, responde, outro psicanalista, Jean-Pierre Winter, sublinhando, que no tempo do Iluminismo, a inteligência de Macron seria seguramente um trunfo, mas nos dias que correm é um empecilho. Enfim para o o terceiro psicanalista, Ali Magoudi, pode-se traçar a psicologia e ler a identidade de Macron, através dos seus traumas e frustrações. Mas só isso não explica o seu sucesso na política. Macron deve ser igualmente estudado através de outras formas de cultura, onde domina o conflito e serviu-se ainda inconscientemente da natureza dupla de Cristo, humana e divina, nota, Ali Magoudi, no semanário, LE POINT. Por sua vez, L'OBS, titula crimes sexuais na Igreja, a grande confissão. 6 500 testemunhos, dois anos de inquéritos e revelações. São agressões de carácter sistémico que se sucederam em França desde 1950 com padres e religiosos que estragaram a vida de milhares de pessoas. Há testemunhos que chegam a falar de morte psíquica, depois das sevícias e violência sexual protagonizadas por religiosos da Igreja católica francesa, nota, L'OBS. Por seu lado, L'EXPRESS, faz a sua capa com a hora chinesa. Um ano depois do começo da pandemia Pequim faz a sua demonstração de força. O Dr, Xi Jinping, sem surpresas exibe alfinetadas contra os Estados Unidos que não acabaram com a partida de Trump. Pequim continua a recordar à América de Biden que está determinado a ditar ao resto do mundo a sua própria versão da pandemia da Covid e invadir o planeta com suas vacinas anti-coronavírus, nota, L'EXPRESS. Enfim, COURRIER INTERNACIONAL, destaca corrida ao ouro verde. Cada vez mais há países que se lançam na cultura do canabis para efeitos medicinais. Um primeiro tratamento acaba de ser validado em Portugal, através da empresa canadiana Tilray, pioneira do canabis. Mas globalmente, apesar do mercado muito promissor as leis continuam a marcar passo, nota, COURRIER INTERNAITONAL.

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Akon City cidade do futuro ou cidade irrealista perguntam senegaleses?

2/12/2021
A África com a guerra do Tigré na Etiópia e Akon City, cidade do futuro, a questão da dívida pública em Frença e a eleição presidencial de 2022, assim como a problemática do aquecimento climático e a prisão de Navalny na Rússia, são focos de actualidade nas edições dos semanários.

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União europeia, Médio oriente, França, Covid-19 ou presidência da CEDEAO

2/5/2021
Abrimos esta Imprensa semanal com LE POINT que faz a sua capa com as novas guerras secretas. Turquia, Argélia, Tunísia, Irão, Israel, petróleo, migrações, jiadismo. Numa grande entrevista a este semanário, sobre o seu novo livro o Profeta e a Pandemia, o geopolitólogo, Gilles Kepel, mostra como é que a crise mundial da Covid ocultou as recomposições que da Turquia a Israel sacudiram o Médio oriente em 2020 e arrastou um jiadismo de atmosfera para França. A Europa mostra-se impotente e mesmo se o Presidente francês, Macron, faz grandes declarações contra Erdogan da Turquia, Malta fica a olhar para o lado, a Itália para o relógio e a Espanha, que vendeu metade de um submarino à Turquia, fica a ver para as moscas. Na mesma altura, durante a cimeira europeia de Bruxelas de 2020, o italiano Giuseppe Conte e a alemã, Angela Merkel, recusam levantar a voz contra Erdogan. Vê-se que a Europa está sem dentes no Mediterrâneo. Merkel vive no terror, com medo de ver Erdogan, dando instruções de voto aos turcos alemães que sejam contrárias aos seus interesses, o que a perturba nesta fase de transição de poderes na Alemanha. Quando se vê para Putin, como polícia no Médio oriente, nem tudo é claro, porque a Rússia deixou de ser uma grande potência. No Azerbaijão, o presidente russo, não ficou descontente em ver a derrota do primeiro ministro arménio, Nikol Pachinian, por Bakou, mas foi apanhado de surpresa por Erdogan, que armou e treinou os azeris, acrescenta, o investigador, Kepel, na sua entrevista ao LE POINT. Por seu lado, L'OBS, dedica a sua capa, a variável Montebourg. De regresso à política, o arauto do "made in France" prepara a sua candidatura à eleição presidencial de 2022. Revalorização da França nas presidenciais de 2022 Numa entrevista a este semanário, o antigo ministro, afirma que o seu combate é a revalorização da França e propoe um contrato aos franceses para conjurar a vitória de Marine Le Pen que segundo ele se perfila no horizonte. Mas, segundo um dos seus apoiantes, o antigo ministro, Montebourg, não suportou igualmente que Macron, se tenha apoderado da soberania económica, um dos seus temas favoritos, nota, L'OBS. Sanofi, um fiasco francês, é o tema de capa do semanário, L'EXPRESS. O anúncio em dezembro pelo líder francês de medicamentos de um atraso de seis meses no mínimo na entrega da sua vacina Covid-19 teve o efeito de um bomba. Mais do que um simples fracasso foi de facto o sintoma de um profundo mal estar. Sanofi tem a arrogância das antigas glórias do cinema mudo. A certeza de ter sido e o medo de não voltar a ser amanhã. Na sua corrida mundial à vacina contra a Covid-19, o mastodonte farmaceutico francês falhou o seu encontro com a História. Pior ainda, eis uma das maiores empresas francesas relegada para o plano de falsificação pelo seu principal concorrente, a Pfizer-BioNTech. Olivier Bogillot, PCA da Sanofi, pode mostrar que mudou, pode levantar o queixo afirmando participar no esforço do guerra mas a humilhação é rude, acrescenta, L'EXPRESS. Enfim, a JEUNE AFRIQUE online, que destaca a presidência da CEDEAO, porque é que Nana Akuffo-Addo, irritou Umaro Sissoco Embaló e Macky Sall. Eleito por um ano em setembro de 2020, Nana Akufo-Addo, acaba de ser reeleito à presidência da Comissão económica dos estados da África do oeste. Uma decisão tomada no dia 2 de fevereiro durante uma reunião extradordinária dos chefes de Estado da CEDEAO, que provocou a raiva de Umaro Sissoco Embaló. O presidente da Guiné Bissau não escondia as suas ambições de querer o posto para o seu país, acrescenta, JEUNE AFRIQUE online.

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África deplora monopolização de vacinas anti-Covid por países ricos

1/29/2021
A situação sanitária mundial um ano depois do início da pandemia de Covid-19 em Wuhan, na China, a corrida às vacinas com a África a ser ignorada, a França perante a pandemia ,a esquerda francesa na perspectiva da eleição presidencial de 2022 ,memórias cruzadas sobre a Argélia e a França, assim como a política estrangeira da administração Biden, fazem parte dos focos de actualidade, nos semanários franceses.

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Os primeiros 100 dias de Joe Biden para curar uma América dividida

1/22/2021
Abrimos esta Imprensa semanal, com CHALLENGE's, que divide a sua capa com os professores, o que vai mudar entre ordenados, formações ou condições de trabalho e Joe Biden, os primeiros 100 dias. Numa América dividida como nunca, o novo presidente, vai lançar um vasto plano anti-crise para estancar a pandemia da Covid e acelerar a economia. Vai poder lançar verdadeiras reformas, ambiciosas e dispendiosas. Mas dispõe de pouco tempo. Em 100 dias, Roosevelt, pôde convencer com o seu New deal. Biden que assumiu o poder a 20 de janeiro terá de vacinar a América contra o vírus e contra Trump, nota, CHALLENGE's. Para a JEUNE AFRIQUE online, Joe Biden e África, o mandato do respeito anunciado. Visto, segurança, desenvolvimento... A política africana do novo Presidente americano lê-se tanto nas declarações de intenções como na composição da nova administração. O momento em que Joe Biden prestou juramento como 46° Presidente dos Estados Unidos foi de alívio numa América sufocada desde que Donald Trump recusou reconhecer a sua derrota e certos dos seus apoiantes assaltaram o Capitólio. Em relação à África nada de grandes entusiasmos a não ser razão. Claro que a imagem de Biden em África contrasta com a do seu predecessor. E rapidamente a arquitectura do governo Biden escolheu o adjectivo respeitosa para qualificar a diplomacia que terá com o continente africano, que se traduzirá numa mudança de tom e mais concretamente numa provável anulação das restrições de vistos impostas a cidadãos da Nigéria, do Sudão ou da Somália, acrescenta, JEUNE AFRIQUE on line. Por seu lado, COURRIER INTERNATIONAL, faz a sua capa com as redes sociais que ditam a lei. Depois do assalto ao Capitólio, os gigantes da Internet lançaram-se numa censura inédita contra Donald Trump. Compete aos gigantes tecnológicos fixar os limites da liberdade de expressão? Que impacto isso tem na democracia? Como regular a informação na Internet? Facebook, Snapchat, Twitter e outros grandes tecnológicos foram os primeiros a destituir Trump, ganhando os eleitos do Congresso. Privando Trump das suas plataformas preferidas, as redes sociais impediram-no de causar estragos, escreve, The Atlantic. Mas os gigantes da Internet, silenciaram também os utilizadores conservadores da rede social Parler, levantando questões sobre a liberdade de expressão, a supremacia do Amazon e dos outros grupos tecnológicos e o problema do arquivo dos conteúdos. Gestão das redes sociais, perigo para a democracia A Internet tem de ser gerido como um serviço público. Não se pode abandonar o controlo das opiniões e das informações a consórcios privados. O mundo inteiro tem de se proteger contra os gigantes digitais, acrescenta, COURRIER INTERNATIONAL, citando a imprensa americana. A mesma publicação faz também referência a Portugal e a terceira vaga da pandemia da Covid que não perdoa. Em casa de novo, escreveu, Público, a 14 de janeiro, logo depois do anúncio de um novo confinamento. Quase todo o comércio fechado, com excepção para o sector da alimentação. Uma solução drástica, quando o país regista um pico de mortalidade devido à Covid-19. Um quadro sombrio para a maioria dos habitantes e comerciantes, sublinha, COURRIER INTERNATIONAL. L'OBS, titula, crianças do Hospital Pitié, em tempos de Covid. "Viver numa estrutura enclausurada não é vida. Viemos para aqui para sairmos", afirma, uma paciente à reportagem do escritor Emmanuel Carrère, na enfermaria de pedopsiquiatria do Hospital parisiense. Isto quando os psiquiatras já anunciam uma terceira vaga psiquiátrica da Covid, nota, L'OBS. Por seu lado, LE POINT, destaca em capa, Mila, a grande entrevista. A jovem de 17 anos ameaçada pelo Islão radical, fala da cobardia dos franceses, da mini chária, da sexualidade e de Macron. Mila é a adolescente mais ameaçada de França, uma enésima vítima do obscurantismo islâmico radical, que vive escondida e protegida pela polícia, porque criticou a religião muçulmana e o Profeta Alá. "Há um ano que perdi a minha...

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Futuros desafios de Joe Biden e fragilidades da democracia à luz de eventos

1/15/2021
Antes da tomada de posse de Jospeh Biden como quadragésimo sexto Presidente dos Estados Unidos da América, a maioria dos semanários franceses passam em revista os desafios, com os quais o novo chefe de Estado norte-americano será confrontado, bem como destacam a fragilidade da democracia americana à luz dos recentes eventos. A vacinação contra a Covid através do mundo e os problemas enfrentados pela África do Sul, é também um dos focos nas edições desta semana.

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China no clube das grandes potências com USA e União europeia

1/9/2021
Abrimos esta Imprensa semanal com LE POINT que faz a sua capa com uma entrevista exclusiva, Segredos do Poder, com Bruno Le Maire, ministro francês da Economia. Na entrevista, por ocasião da publicação do seu livro, o Anjo e a Besta, o ministro Bruno Le Maire, explica as decisões económicas, industriais e financeiras de França, fala de mulheres e de homens políticos nacionais e internacionais, esclarece sobre os meandros das negociações entre dirigentes do mundo inteiro, onde tudo é brutal, mas também se refere à crise sanitária e económica sem precedentes e à potência da China. A China entrou no clube das grandes potências, tirou milhões de pesssoas da pobreza e teve sucesso na sua transição tecnológica. Mas o seu modelo tem também fraquezas como uma dívida excessiva e desemprego de massa, sem contar com o seu regime político, cujos valores e funcionamento não partilhamos, afirma, Bruno Le Maire, na entrevista ao semanário, LE POINT. Brexit, adeus e "good luck", boa sorte, é a capa do COURRIER INTERNATIONAL. Após 47 anos de adesão e um longo período de divórcio, o Reino Unido deixou a União europeia. Por seu lado, L'EXPRESS, pergunta em capa se ainda se pode acreditar?, a proposito das vacinas anti-Covid. Atrasos na vacinação, falta de doses, ainda se pode corrigir o tiro? Com o governo a acelerar caoticamente a campanha de vacinação, o verdadeiro desafio nos próximos meses será a disponibilidade das vacinas em quantidade suficiente. Mas a estratégia europeia coloca problema assim como a questão da confiança nos políticos. Um próximo do Presidente Macron, reconhece sem rodeios, que finalmente, a vacina é como a participação numa eleição, isso coloca a questão da adesão democrática, acrescenta, L'EXPRESS. Incesto, o fim de um tabu em França Incesto, o fim de um tabu, é o tema de capa do semanário, L'OBS. Na Família grande, título do seu livro, Camille Kouchner, filha do antigo ministro dos Negócios estrangeiros, Bernard Kouchner, afirma que o seu irmão gémeo, foi vítima desde a adolescência de abuso sexual, por parte do seu padrasto, o constitucionalista, Olivier Duhamel. 30 anos depois, ela conta como é que esse terrível segredo devastou a vida do irmão e familiares. Na entrevista, Camille Kouchner, afirma que decidiu escrever o livro porque já não conseguia manter-se em silêncio. O livro nasceu duma necessidade, testemunhar o incesto e mostrar que durou muitos anos e que é extremamente difícil ultrapassar o silêncio. Não escrevi o livro em nome do meu irmão, mas em nome das irmãs e sobrinhas e todas aquelas que sofreram com o incesto, sublinha, Camille Kouchner, nas páginas do L'OBS. Sobre o continente africano, JEUNE AFRIQUE on line, refere-se ao Senegal, onde o financiamento dos partidos políticos continua a ser um tabu. O ministério do Interior, ameaçou dissolver o partido Pastef, do opositor, Ousmane Sonko, que acaba de lançar um apelo internacional à recolha de fundos. Sonko, afirma que durante a campanha das presidenciais de 2019, houve situações caricatas com o partido a não participar em comícios porque não havia combustível para os seus carros se deslocar. "Sou o mais pobre dos presidentes de partidos políticos no Senegal", afirma, Sonko, à JEUNE AFRIQUE online.

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Balanço do Ano nos semanários franceses

1/2/2021
Neste início de mais um ano, as edições dos semanários caracterizam-se pelo balanço de um ano político, económico e social marcado pela crise sanitária mundial, a eleição presidencial norte-americana e pelas consequências psico-sociais da nova civilização do ecrã.

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Impossível haver dois franceses na mesma sala com a mesma opinião

12/25/2020
Abrimos esta Imprensa semanal com L'OBS, que dedica a sua capa a Kamala Harris e o título eles vão desconfinar em 2021. Um especial no qual colabora grandes assinaturas da intelectualidade cultural e política francesas. A antiga ministra da Justiça, Christiane Taubira, escreve que Kamala Harris, é jamaicana e índia de origem, a primeira mulher a ocupar as funções de vice-presidente dos Estados Unidos e encarna a esperança da América e do mundo pós-Trump. Kamala Harris é bela, é elegante, é ágil e mesmo felina como Obama, mas é também desconcertante, numa América desconcertante. Todos os americanos são descendentes de imigrantes, sublinha, Christiane Taubira. Por seu lado, L'EXPRESS, faz a sua capa com Emmanuel Macron, que nunca disse tudo aos franceses. Numa grande entrevista ele faz a sua confissão e fala da crise sanitária, da conspiração e da identidade. "Fui mal entendido quando eu disse que somos um povo gaulês de refractários, mas eu também sou refractário." Somos um país que pode fabricar os coletes azuis, podemos ser um povo extremamente duro verbalmente, mas ao mesmo tempo somos um dos países da Europa onde o confinamento foi mais bem repeitado, afirma, Macron. Sobre o racismo, Macron afirma sem papas na língua que ser branco em França é um privilégio, não é sua escolha, mas "é um facto que um homem branco tem mais facilidades de ser Presidente, de ter uma casa, um emprego que um asiático, um árabe ou um negro, uma mulher asiática ou uma mulher negra, sublinha, Macron. Os franceses partilham uma língua, uma história, uma geografia ou uma cultura. Mas ser francês é também um espírito e uma ideia a defender. Impossível dois franceses na mesma sala com a mesma opinião "Identidade francesa é uma questão de todos os franceses," dizia o historiador, Fernand Braudel. Porque se existem mesmo 67 milhões maneiras de ser francês, só há uma França. Plural, sem dúvidas nenhumas pois estamos no país de 365 queijos diferentes, de um número igual ou maior de opiniões e assuntos de divisão, onde se berra sobre Colbert ou Voltaire, onde querelas e polémicas estão acima do diálogo e da concórdia. Mas França é também esta nação onde se manifesta em defesa de batatas fritas e maionese francesas ou se defende enfermeiras e se cante a Marselhesa, hino nacional francês. É impossível haver dois franceses numa mesma sala que tenham a mesma opinião sobre o que quer que seja. A França fez os franceses assim, escreveu, Paul Valéry, acrescenta, L'EXPRESS. As viagens que fizeram a França fazem a capa do semanário LE POINT. "A nossa História só se explica através do mundo", escreveu o historiador, Michelet. O historiador tinha razão porque a França construiu-se viajando pelo mundo. A França dos navegadores de Luis XIV, a França da expansão por terras americanas, como Luisiana e Mississipi, dos irmãos normandos de Sumatra, a Françafrica do Gabão, do Congo Brazaville, do Zaire, da colonização da África negra, ou a África equatorial francesa. Porque todos os caminhos vão dar a Roma, grandes escritores como Stendhal, foram inspirar-se na Itália, ou porque a França é aventureira, Napoleão, esteve no Egito das Pirâmides, na Alemanha, em Áustria e em toda a Europa e o filósofo Tocqueville, atravessou o Atlântico, para ir escrever seu clássico Da Democracia na América, acrescenta, LE POINT. Enfim, a JEUNE AFRIQUE online, refere-se ao Uganda, o que se tem de saber sobre Yoweri Museveni, bem posicionado para ser presidente vitalício. Aos 76 anos, dos quais 34 anos no poder, o chefe de Estado ugandês, concorrerá para um sexto mandato a 14 de janeiro. Para já fez tudo para não dar chance nenhuma aos seus adversários. Pouco inclinado à reforma, Museveni, fez saltar o imperativo constitucional de dois mandatos presidenciais, logo em 2005, e em 2017, suprimiu a idade limite que era de 75 anos, para se concorrer à magistratura suprema, nota, JEUNE AFRIQUE.

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Impacto mundial da Covid-19 em destaque nas revistas francesas

12/18/2020
Num ano que se aproxima do fim, o impacto mundial da pandemia de Covid-19 é destacado nas revistas francesas desta semana. Fome, desemprego, vacinas e “fake-news” são alguns dos temas dominantes. Começamos com o Courrier International que faz manchete com o amor em tempos de covid-19, mas que destaca, nas páginas interiores, realidades muito menos românticas. É o caso da fome de milhões de famílias nos Estados Unidos já que em nove meses os pedidos de ajuda alimentar subiram vertiginosamente. Em França, a pandemia dá o golpe de graça ao emprego com o fecho de fábricas e deslocalizações que ameaçam o tecido industrial e as famílias. O Courrier International tem também uma chamada de primeira página sobre o Brexit intitulada “Reino Unido: Adeus União Europeia e bom declínio”. O redactor do artigo do The Daily Telegraph defende que a saída da União Europeia é uma libertação. A revista publica, também, um artigo sobre o artista Davido descrito como “o som da contestação na Nigéria”. “Estrela mundial do afrobeat, o cantor nigeriano era conhecido por fazer dançar o seu país, mas nos últimos meses os seus ritmos transformaram-se na batida da revolta”. La Vie faz manchete com o “Líbano, um país à procura de esperança”, com uma fotografia em grande formato de uma pessoa na varanda de um prédio destruído a olhar para o devastado porto de Beirute, quatro meses depois da explosão de nitrato de amónio. Outro destaque nesta revista vai para o que é descrito como “a bomba relógio dos cancros” em tempos de Covid-19 devido a atrasos no diagnóstico e a operações adiadas. L’Obs titula em primeira página “Na cabeça dos conspiradores”, em torno das “fake news”, da Covid-19, das vacinas, etc. “A teoria da conspiração é um fenómeno cada vez mais espalhado”, alerta. Ainda nesta revista, destaque para o chamado “Pantera Negra”, o congolês Emery Mwazulu Diyabanza que quer dar a África obras que estão nos museus franceses. L’Obs publica, também, um artigo sobre o futebolista francês de origem portuguesa, Antoine Griezmann, que rompeu o contrato com a Huawey para denunciar a participação do grupo chinês na repressão contra os uiguires. Le Point faz manchete com “as viagens que construíram a França” a nível artístico, político e científico. A revista também publica uma reportagem sobre descobertas arqueológicas em tempos de Covid-19 e poucos turistas, nomeadamente em Saqqarah, a grande necrópole no sul do Cairo, no Egipto. Le Point também publica um dossier sobre como o Presidente francês Emmanuel Macron renova com a tradição literária da língua francesa, algo que se teria perdido desde François Mitterrand. Na capa da L’Express, pode ler-se o título “Dinheiro fácil: a armadilha dos vícios” numa referência às dívidas soberanas dos Estados. “Os países nunca foram tão solicitados para salvar as economias do colapso”, escreve a revista. Outro destaque, nas páginas interiores, é a implicação da Eritreia na ofensiva lançada pela Etiópia contra a região do Tigré. A revista explica “porque é que os antigos inimigos se aliaram”.

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